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Abalos sísmicos em Maceió: ABREMI presente na visita técnica e 4ª reunião do GT do CONFEA.


Prosseguindo no acompanhamento e análise dos fenômenos geológicos que atingiram dois bairros da cidade de Maceió, AL, relacionados com a mineração de sal gema em seu

subsolo, o GT promoveu uma visita técnica e um seminário naquela capital, nos dias 14 e 15 de dezembro de 2020, no qual foram ouvidos os representantes da empresa mineradora - uma sociedade entre BRASKEN com a PETROBRÁS. Foram observadas as ações de "desconstrução" das edificações adquiridas pela empresa, que já atingem mais de 6.000 imóveis e as atividades recém instaladas para o processo de "fechamento da mina", entre elas o preenchimento das cavidade mais duvidosas e a instalação dos sistemas de monitoramento contínuo. Foi demonstrado com dados claros e transparentes que, das 35 cavidade executadas na camada de sal (denominados industrialmente poços e formalmente "minas"), que originalmente se situavam a 950 m de profundidade e somavam um volume de 12.000.000 m3 preenchidos com água salgada, que: 18 serão tamponadas e pressurizadas através do poço original ou novo poço auxiliar por serem considerados estáveis; 4, já totalmente preenchidos pelo empolamento de detritos e serão monitorados por sonar até confirmação da estabilidade atual; 9, total ou parcialmente fora da camada de sal, prosseguirão em monitoramento por sonar até definição de tendências e; 4, considerados mais instáveis, serão totalmente preenchidos com material rígido (areias ou similar). Em especial, a cavidade "25", que mais se deslocou até o momento e possui 180.000 m3, estabilizou aos 578 m de profundidade, ao alcançar um "teto" composto por conglomerados com 300 m de espessura. Situação comprovada nas últimas 4 inspeções semestrais com sonar 3D.

Uma das conclusões desta reunião foi que ainda existe um descasamento entre o que manifestam outras entidades envolvidas nas pesquisas dos fenômenos e o que divulga a mídia ao explorar conotações alarmistas destas manifestações - com o que faticamente está sendo constatado e profissionalmente realizado, sob a estrita coordenação da Agência Nacional de Mineração - ANM.

Finalmente, outras entidades estão se agregando aos esforços de investigação, na busca das razões geológicas conclusivas que causaram a desestabilização das minas pois, apesar de serem claras as relações da mineração com parte dos efeitos, ela não explica sua totalidade e extensão. Podendo esta ter sido uma de suas vítimas e não sua protagonista como explora a mídia e o interesse político-econômico envolvido.

Na foto, da esquerda para a direita o Eng. Civil Fernando Dacal Reis, atual presidente do Crea-AL; Eng. Minas Renan Guimarães, Conselheiros Federal e Coordenador do GT; Eng. Minas Regis Wellausen Dias, presidente da ABREMI e especialista do GT; Eng. Civil Rosa Tenório, presidente eleita do Crea-AL e Secretária Municipal de Des. Territorial e Meio Ambiente de Maceió e; Geóloga. Silvia Aída Rodrigues da Cunha, assessora do GT pelo Confea. Participaram também da reunião, via plataforma digital, os geólogos Nivaldo José Bósio e Ricardo Latgé Milward de Azevedo.





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